A Corvina legitima, normalmente designada Corvina, com a denominação científica "Argyrosomus regius", é uma espécie de elevado valor comercial, normalmente consumida em fresco, e que em determinadas épocas do ano entra nos estuários de alguns rios, como seja o caso do Tejo e do Sado, em cardumes normalmente de espécimes de menores dimensões, encontrando-se ao largo da costa do Algarve em exemplares de bastante maiores dimensões, os quais são maioritariamente capturados pelas armações lançadas para a captura do atum, as também conhecidas Almadravas (denominação esta, de origem árabe, mais vulgarizada em Espanha, particularmente no Golfo de Cádis).
Apesar de em alguns países, dada a sua abundância, ser normal a respectiva seca, para melhor garantia da sua conservação, como seja entre outros o caso de Angola, sempre em exemplares de menores dimensões, não é hábito, nem prática em Portugal a sua cura, sendo de grande importância para o nosso projecto o aproveitamento das suas ovas, que curamos com Flor do Sal, tal como já referimos no nosso primeiro post deste blogue.
Este requintado produto não é fácil de adquirir no mercado em fresco juntando-se de seguida uma imagem de um dos maiores exemplares que já tivemos a oportunidade de ver, com mais de 40 Kg, à venda no mercado de Tavira.
Este exemplar era uma fêmea, e estava ovada, tendo nós conseguido adquirir as respectivas ovas as quais pesavam em fresco cerca de 3,605 Kg. Foram de imediato preparadas e tratadas para a cura, com a Flor do Sal.
Segue-se uma imagem das ovas retiradas a este belíssimo exemplar de Corvina, ainda frescas mas que nesta data já se encontram em processo de cura pela Flor do Sal.
Vejam agora como as mesmas ovas se encontram a meio da cura, exemplares únicos, pela sua dimensão para esta espécie, e num muito interessante estado de maturação que se reflectirá certamente no seu valor gustativo.
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