segunda-feira, 31 de maio de 2021

QUAL O FUTURO DA PESCA E CONSUMO DO ATUM RABILHO


O Atum Rabilho, Thunnus tynnus, é uma das espécies marinhas mais protegidas, o que justifica este "post", pela relevância da matéria abordada, embora com uma duração extensa (50 minutos). É um documentário televisivo (denominado "Toda a Verdade") sobre o Mundo Secreto do "sushi", e que acaba por ser sobre os Atuns Rabilhos, Thunnus tynnus, no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo, a sua captura, protecção, comercialização e as ilegalidades cometidas, que segundo a ICCAT (International Comission to Conservation Atlantic Northeast Tunafish)  e os movimentos ambientalistas, podem levar mesmo à sua extinção. É longo, mas vale a pena ver. (Imagem retirada da Internet).
 

 
 
 



domingo, 30 de maio de 2021

REGRESSÁMOS A ESTE NOSSO ESPAÇO DE DIVULGAÇÃO

 

Já lá vão quase dois anos que fomos obrigados a interromper a nossa actividade de efectuar a cura de produtos do mar utilizando os métodos tradicionais. Aprendemos muito, é um conhecimento muito antigo que conseguimos salvaguardar, o que era um dos objectivos deste nosso projecto.  Infelizmente não conseguimos concretizar a parte da sustentabilidade do projecto pois confrontámo-nos com a falta de matéria prima com a qualidade que pretendíamos, e quando descobrimos uma possibilidade de a adquirir aqui ao lado na nossa vizinha Espanha, a fronteira foi encerrada. A partir da década de cinquenta do Século XX, entre todas as alterações que a evolução tecnológica nos trouxe, deu-se uma alteração que comprometeu a recuperação total dos saberes & sabores que faziam parte da nossa tradição gastronómica. E a alteração foi o desaparecimento daquilo que eram os produtos da época, e que estavam na génese de toda a tradição gastronómica Nacional. Exemplo, as muxamas de atum, as muxamas e a conservação do atum em sal, era efectuada com atum de revés porque estava magro e melhor se conservava, portanto era o atum capturado nos meses de Julho, Agosto e Setembro (de revés) que era utilizado nas salgas, com Sal Tal Qual (sal retirado das salinas tradicionais), e assim providenciava à população o abastecimento de peixe o resto do ano. Em conclusão podemos dizer que conseguimos dominar a técnica tradicional de fazer as "muxamas", mas as verdadeiras muxamas, com o respectivo sabor de excelência, essas são práticamente impossíveis de produzir, não só pela falta da acima matéria prima, pelo seu valor muito elevado, e pelas perdas (cerca de 60%) no processo de cura.